quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tamanho e idade são sim documentos


Esse ditado popular no titulo, reconstruído, está na medida correta para definirmos Dona Ceci, 71 anos de idade,  contadora de histórias da cultura afro brasileira e africana.

 Pequenina com mais ou menos 1,.47m de altura, Dona Ceci é sacerdote de candomblé. No Terreiro Ilê Axé Opô Aganju é respeitada como Ayánola (=port.,aquela que nasceu primeiro), Iyá Elê Efun (=port., a filha de Oxalá que cuida dos Yawô´s) e exerce cargos que exigem bastante respeito, pois é uma profunda conhecedora da religiosidade de matriz africana. Por conta do vasto conhecimento ela viaja pelo mundo todo apresentando os Deuses e Deusas da África.

A identificação com Dona Ceci acontece logo no olhar: o carisma, a humildade, com a aura iluminada por gostar do que faz tem como conseqüência a procura de todos. As crianças além de tratar com muito respeito referem-se à Dona Ceci como “Vô” e todas (os) pendem benção. Abraços e beijos, retratos de carinho  faz com que “as balas” derretam como doces no calor intenso.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Herdeiro mirim. O Erê que se transformou em Tata de Inkice

Filho de Kavunji, entidade da nação Angola, Marcos Roberto Galiza Santos, 36 anos, 14 de iniciado, é Tata de Inkice do Ilê Asé Yá Sitomi, herdado de sua mãe dona Nice de Yemanjá. Desde criança ele convive com a religião.


Angoleiro por Inkice e babalorixá, por herança da mãe, que pertencente à nação Ketu, Marcos desde de criança foi ensinado a respeitar os orixás e a valorizar a cultura de seus ancestrais.


“Com três meses de nascido, minha mãe me deixou com a minha tia para entrar no processo de iniciação e no camarim. Eu era amamentado pelo Erê de minha mãe”, relembra Marcos.


Aos dois anos de idade ele já dançava nas rodas de Candomblé. O Tata de Inkice demonstra uma grande gratidão à dona Nice, mãe de sangue e de quem herdou o Ilê, pelos ensinamentos.


“Ela sabia do meu futuro e por isso, desde criança me ensinava. Com 16 anos já jogava búzios para as clientes dela”, relata Marcos, que hoje transmite ao filho (fotos) os conhecimentos que adquiriu.


O blog Erê fez uma entrevista com o Marcos Roberto, vamos conferir:

ErêMi -Qual a designação do “Ser criança” no candomblé Ketu e Angola?

Tata Marcos-Chama-se Vunji na nação Ketu e na Angola Ibeji .

EM- O que é ser criança para o candomblé?

TM- É ser o começo do candomblé. Nós nascemos, e o começo da vida é a criança, vemos isso nos fundamentos da nossa religião. O “Erê” é quem ensina os fundamentos ao Yawô.

EM- Na infância geralmente não temos responsabilidades, como a criança iniciada no candomblé é preparada a entender a ter responsabilidade?

TM- Tem que ser com calma, com carinho. Nós já trazemos isso desde criança. Herdamos dos nossos antepassados. Muitas vezes as crianças possuem cargos e devem ser iniciadas, mas pela ignorância dos pais, consequência da falta de conhecimento, ou seja, do preconceito. Então tem de haver diálogo, falar sobre o candomblé, desmistificar muita coisas sobre a nossa religião, por exemplo: demonização do candomblé. Mostramos para elas, as crianças, que cultuamos Exu e não o diabo.


EM- Com relação à intolerância religiosa, como as crianças são ensinadas a combatê-la?

TM- O Asé está crescendo muito. Existem leis e organizações contra a discriminação religiosa. E esses preconceitos acontecem por sermos negros ou então por fazermos parte de uma religião afro-brasileira. Teve um filho meu, iniciado, que teve que sair de branco. Ele era chamado de “candomblezeiro” e de gay, mas ele estava maduro e purificado o suficiente para entender esse gesto de ignorância e não se importou. No mais, entregamos nas mãos de Deus, Olorum ou Zambi.



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ilês em Salvador

Três terreiros conhecidos na cidade de Salvador.

Ilê Axé Oxumaré

Terreiro Gantois

Terreiro Bate Folha


Visualizar Ilês em Salvador em um mapa maior

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Crianças não têm preconceito

O escritor Luiz Antonio desde pequeno se interessou pela religião mágica. Depois de tanto tempo resolveu escrever um livro, Minhas Contas, em que conta a história de crianças que são de diversas religiões mas se relacionam bem, porque o que importa para eles é que o amigo seja legal para brincar.

O site da editora Cosacnaify fez uma entrevista com Luiz para falar um pouco sobre o livro.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cidades distantes, ensino idêntico

Separadas pelo mar, Salvador e Angola vivem uma realidade bem parecida quando o assunto é a educação infantil. O diretor Nacional de Música de Angola, Gaspar Agostinho Neto, informou ontem em Luanda, dia 2 de outubro, que o ensino público sobre a cultura angolana passa por diversas dificuldades.

Segundo ele, faltam bibliografias de apoio aos estudantes do curso de educação musical.“O curso de educação musical tem 22 especialidades e a Escola Nacional de Música ministra apenas três, canto, guitarra e piano, mas mesmo assim os estudantes são obrigados a fazer um esforço duplo investigando nas páginas da Internet”, referiu.

Leia a matéria completa no Jornal de Angola.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Laroyê Esú

Agô aos Orixás, Inkices e Vodunces.
O Erê Mí inicia a sua caminhada de Axé saudando primeiramente a Esú (Exu) o Orixá da comunicação.

Amigos dos Erês